QUANDO ELE MORDE PARA CONSEGUI O QUE
QUER
ESSE COMPORTAMENTO PODE SER UM SINAL
DE IMATURIDADE DA CRIANÇA. ABRA OS OLHOS E AJUDE-A A CRESCER.
Ele tem dentinhos afiados (já testou
em você) e parece sempre pronto a atacar. Acostumou-se a tomar o brinquedo do
amiguinho na mordida. Será que ele é mau – ou é só uma fase? Para a psicóloga
Miriam, é normal que, até os 3 anos de idade, a criança recorra as mordidas vez
ou outra só para alcançar seus objetivos. Nessa fase ela já descobriu que há
limites para seus desejos e começa a desenvolver a agressividade – que pode se
manifestar sob forma de da famosa mania de morder. O problema é quando a
criança cria o hábito da mordida, uma atitude associada ainda á fase oral.
“Sinal de imaturidade. Ela insiste em ser um bebezão”, alerta a psicóloga.
“Muitas vezes a origem do problema
está nos pais que cercam o filho de cuidados exagerados.” Prolongar o uso da
chupeta ou manter a mamadeira também pode atrasar o amadurecimento da criança.
Ela própria tem dificuldade em deixar de se ver como um bebe. E dá-lhe mordida.
O
que fazer? A psicóloga Miriam observa que crianças que gozam de certa
autonomia em casa e recebem muitos estímulos motores e intelectuais rapidamente
deixam de lado as mordidas. “Morder passa a ser um jeito retrogrado de
conseguir o que quer”, avalia. E dá outras dicas.
Não deixar que a criança retenha
aquilo que conseguiu na base da mordida. Assim ela não associará o método usado
(morder) ao sucesso em seus objetivos (tomar o brinquedo do amiguinho).
Repreenda-a com seriedade e faça-a compreender que há outras formas de
conseguir o que ser quer – pedindo.
Não chame a criança de malvada nem diga o que
ela fez é “ruindade”. Nessa idade não há a intenção deliberada de machucar o
outro. “Ela tem apenas o desejo do domínio”, diz a psicóloga.
Estimule-a a brincar correr, pilar,
pedalar. Assim ela estará descobrindo seu vigor físico e se afastará mais
depressa da fase oral.
Evite punições violentas. Algumas
mães mordem o filho para mostrar como dói. A criança aprende a agir
corretamente pela compreensão, não pelo medo do castigo. Miriam
Debieux Revista cresce nº. 19 junho 95
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